"É, sem dúvida, o álbum mais moderno da música católica", afirma Henriques.
Muita coisa é necessária para que um álbum seja bem sucedido. Repertório, arranjos, execução, até mesmo a ordem das músicas, mas talvez o elemento mais importante seja a autenticidade. Quando a gente ouve e percebe que o artista está ali retratado, verdadeiro, autêntico, é aí que se estabelece a conexão mágica entre público e artista através da música. Neste "Não Desista de Viver", Diego Fernandes está lá. Inteiro, direto ao ponto, eloquente e imperativo. Seu papo é hora com Deus, hora conosco, sem meias palavras. São letras de um homem que se abre à divindade, se entrega e exulta no louvor. Musicalmente, a produção não podia ter sido entregue a ninguém melhor que Duda Suliano. Ele é um verdadeiro artesão de sonoridades. Ao ouvir a gente imagina que todos os timbres foram meticulosamente trabalhados e escolhidos. Não há burocracia no trabalho do Duda. Todos os elementos estão lá por uma razão, e funcionam maravilhosamente. Quanto à voz, Diego está mais visceral do que nunca. Cantando com o ímpeto de sempre e com o vigor de quem tem uma senhora mensagem pra passar.
Quando ouvi o trabalho pela primeira vez, foi como se Diego estivesse sacudindo meus ombros e dizendo, "Cara, ouça isso!!! Eu tenho algo importante a te dizer!!". E conseguiu. Diego é um artista jovem que fala para o jovem, e por isso a sonoridade deste trabalho é extremamente moderna, com pitadas britânicas e americanas, numa mistura bastante saudável. É, sem dúvida, o álbum mais moderno da música católica. E neste caso, modernidade não pode ser confundida com extremismo ou rebeldia. É um disco de melodias, arranjos e letras muito maduros, mesmo com toda a sua juventude. Valeu Diego! Valeu Duda! E obrigado por me deixarem participar de um trabalho tão bacana!
Fábio Henriques
Biografia

Fonte: diegofernandes.com
Confira o vídeo da entrevista com Fábio Henriques sobre o primeiro CD de Diego Fernandes:
